Tudo passa e tudo passarinhos, então a melhor das idades inevitavelmente chegará!
As memórias de uma Ponte Seca
Com sua experiência delatara em sua estrutura tudo que se foi.
-Aos poucos, lá vem ela, vem se aproximando, e, como se fosse uma
velha máquina um tanto desgastada pelo tempo nas suas idas e vindas, satisfeita por mais uma missão cumprida, outras viagens talvez uma lágrima trancada e entalada na garganta que somente a faz resmungar, há esta velha máquina, que em suas subidas e descidas, levara muitos idos e vindos, em seu interior crianças, adultos, idosos, sábios, médicos cientistas o pai a mamãe o bebê a filha o filho e os avós, enfim a família, outros órfãos por natureza, alguns estudantes, e passaram ali também até o mendigo e a mendiga, estes geralmente na fuga territorial em busca de uma melhor qualidade de vida, lá também passou o padeiro, o leiteiro o ferreiro, o pedreiro, dentre tantos outros desbravadores que sustentaram suas comunidades, portanto muitos trabalhadores idos e vindos em busca de suas histórias, estas muitas em comum, muitos aventureiros , outros desbravadores, e que nas suas belas viagens muitos histórias por ali se passaram, muitos foram, e, talvez uns poucos que continuaram juntos na mesma batalha e angustia em suas buscas pessoais e, também em conjunto, uns ficaram pelas curvas, outros se foram, sem ao menos dar um
adeus de gratidão, e, alguns outros
perdidos pelo caminho nunca mais se escutou falar, todos passaram na velha ponte seca que muitos as belas paisagens ali admiraram , alguns apaixonados mesmo que o local sem muito a oferecer , fizeram ali seu aconchego, unidos no mesmo propósito deixam seu legado aqui tem gente que sabe viver e sobreviver perante as muitas dificuldades oferecidas pela vida, superando até mesmo as mais árduas das dificuldades, suportando com dignidade as intempéries e até mesmo o desprezo da nossa sociedade atual, a qual discrimina o ser humano em seu potencial ,então quando vimos, lá
estaria o final da linha , a ultima
viagem na hipótese pelo desgaste inevitável de suas andanças se aproxima, não
sabemos na realidade qual será, mas sabemos que
não estaríamos preparados em aceitar que um dia já não teríamos mais tanta disposição, e tudo se consumará,
ficarão apenas as lembranças d` aquilo que tanto gostávamos de fazer, fica somente
a certeza do quase somente as relembranças focadas por dentre imagens um
tanto apagadas pelo tempo, estas fortalecedoras estimulantes ao exercício da
mente, para continuar um pouco mais mesmo que quase sem forças, e na velha
máquina a digitar os relatos que vem na memória a cada paisagem das lembranças
de onde trilhamos os bons , mas, também os maus momentos não escaparão aos
relapsos fatos no tempo decorridos, há bons tempos éramos tão dispostos aos outros, hoje poucos
serão dispostos a nos auxiliar no dia a dia, assim é a velhice, o inevitável retiro para recordações as
lembranças de tudo aquilo que fomos, fizemos ou nos arrependemos de ter
realizado em nossas escolhas, agimos como
se nunca houvesse o amanhã, vivemos intensamente o hoje, esquecemos de mim pensamos em ti vivemos o nós , em dez
anos buscamos recuperar vinte anos
perdidos em devaneios, agora a sombra da idade apavora nossos sentimentos, mas
porém deixa um legado que aprendemos com gratidão “Viva e deixe os outros
viverem”.
“Palique”
12 Dezembro
2014 00:10:53 AM