Hoje presenciei o choro de quem pouco me conhecia, poucos dias, poucas horas, porém um choro sincero de agradecimento pela atenção, um senhor de origem estrangeira da mesma minha idade , nascido em 1963 em meio a guerra deixado sozinho dentro de um hospital no Rio Grande Do Sul, por ocasião de um inesperado fato ficamos nos conhecendo mais do que um pouco, , foram alguns dias de idas e vindas ao ambiente de recuperação onde nos conhecemos, e também onde conhecemos algumas pessoas passando por muito muito sofrimento, mas com vontade de muita superação, o que mais me chamou a atenção foi aquele homem trancado na solidão, abandonado e longe dos parentes lutando para sair daquele lugar, sem ter para onde levar, o caso foi parar nas mãos da justiça, não havia mais nada que pudêssemos fazer a não ser fazer ele superar a dor da espera de ir embora, hoje resolvi retornar lá para ver como ele estava, o homem de origem estrangeira, que mora há muitos anos no país, reclama que a guerra destrói dia a dia com a civilização que o gerou, este que pouco enxerga e que tem dificuldade de locomoção, chorou ao escutar a minha voz no corredor, fazia dois dias que não conversávamos, eu contente por aquele homem que um dia já foi dono de loja de roupas, estar então usando uma das camisas que doei para ele, tendo em vista suas roupas já um tanto surradas pelo tempo, aquele choro como de uma criança que encontra o amparo em um colo me cortou o coração, em pouco tempo de convivência nos conhecemos muito bem, espero que esta triste história tenha sua trajetória encerrada nesta semana tendo em vista que conseguiram contatar com uma irmã dele em São Paulo, lembrei de um velho jargão "Quem diz que até mesmo os fortes homens não choram¨, crônicas reais do Palique, para o livro minhas inspirações!
domingo, 21 de janeiro de 2018
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário